Apesar de ser uma das indústrias mais fortes do mercado, o cinema vem
perdendo espectadores ao longo dos anos. Não é exclusividade dos
Estados Unidos, mas a arrecadação no país despenca gradativamente, com
quedas anuais de quase 20% nas rendas. O primeiro trimestre do ano foi
desanimador, sendo um dos piores de um histórico recente. No entanto,
este verão está prestes a mudar o quadro. A bilheteria da estação mais
quente do ano estadunidense está próxima de bater recorde e se tornar a
maior arrecadação do período na história.
Um dos fatores que contribuíram para esta marca é a gigantesca arrecadação de três franquias das mais rentáveis. “Harry Potter e as Relíquias da Morte: Parte 2”, “Transformers: O Lado Oculto da Lua” e “Piratas do Caribe: Navegando em Águas Misteriosas”
ultrapassaram a marca de US$ 1 bilhão mundialmente e fizeram bonito
dentro de casa, ajudando a indústria cinematográfica a sorrir novamente.
Mas não foi apenas de produções gigantescas que o verão
norte-americano sobreviveu. Este foi o ano das comédias adultas que,
juntas, arrecadaram mais de US$ 1,3 bilhão ao redor do globo. Filmes
como “Se Beber, Não Case! Parte II” e “Operação Madrinha de Casamento” lideraram as bilheterias e superaram as expectativas dos estúdios.
Vale ressaltar que os filmes em 3D já não são mais sinônimo de
grandes arrecadações. Apesar de os longas mais rentáveis do ano serem
apresentados também neste formato, o público estadunidense já não parece
mais tão interessado na tecnologia. Prova disso é que no fim de semana
três filmes em 3D (“Pequenos Espiões 4”, “Conan – O Bárbaro” e “A Hora do Espanto”) entraram em cartaz e quem ficou no topo das bilheterias foi “Histórias Cruzadas”, seguido por “Planeta dos Macacos: A Origem”, ambos sem projeção tridimensional. No ranking dos dez filmes mais assistidos nos Estados Unidos, apenas cinco deles são em 3D.
Com ou sem 3D, o verão estadunidense está faturando horrores e 2011 deve entrar pra história.
“Nós estamos próximos de obter o maior verão de todos os tempos, e eu
acho que as bilheterias domésticas alcançarão US$ 4,4 bilhões”, disse o presidente de distribuição doméstica da Warner Bros., Dan Fellman.
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